Não é somente um poema. Nasceu num momento de recolhimento no intrínseco quintal, sobrevoou nas asas de alguma borboleta ultrapassou limites, noutras galáxias, quem sabe, um pouco mais além e transcendeu... Além do Quintal!
Seja Bem-Vindo
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Na Tarde
Horizontais camadas do final de tarde:
janela da casa,
teatro de verdes azuis das colinas,
quintal em ocre
forrado do ferrugem das folhas
no limo das pedras,
janela adentro,
cheiro da maresia,
sutil marulho do mar.
Um avião deixa risco no céu.
A lua já se insinua.
Nem noite ainda.
(Imagem: Fotografia do céu no quintal)
Julho, 20 de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Perdida a Palavra
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Em Branco
Guardo em branco um nome.
Já o outro, imaginário,
que artificial parece,
respira natural em mim,
de presença frágil, invisível,
provisório , nem diferencio
com o dia que se vai,
esvai-se
na ausência de vestígios:
nem cheiros no ar.
Apenas guardado em mim.
E para imaginário nome
guardo poemas em branco,
impregnado de palavras que não escrevi,
mas deixo minha fala. Muda,
na rotina de silêncios desta casa,
que cúmplice, guarda
contida, carta de suicida
nunca encontrada.
(Imagem: Aquarela de Marlene Edir Severino)
Julho, 6 de 2011
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